sábado, 29 de maio de 2010

Desalinho...

O bom senso pediu-me para parar tudo, aterrissar!
Lêr crônicas, romance, arte, qualquer leitura que aliviasse tantas perguntas e surtos desnecessários.
Sabe quando as nossas verdades (questionáveis),lógicas, esfarelam-se...
e você começa tudo de novo? é assim que me sinto constantemente...
Vivo cavoucando a razão de tudo, não consigo e nem quero ser linear, quero contrapor, interpelar, pelo gosto de fazer outros questionarem.
Rendição à idéias pré estabelecidas, impóstas é muito dificil, é como tentar engolir algo muito maior que a minha garganta.
Carrego a nítida sensação de estar sempre na contramão da modernidade pois tudo o que me encanta não está na mídia e nem nas vitrines, tampouco pertence ao previsivel.
Digo aos poucos amigos, que Deus me livre de pertencer as estatísticas ou a modernidade das revistas...
Até poucos invernos atrás, eu era uma solitária que estranhamente me libertava na arte, estranha porque diferia do que chamavam de normal, de aceitável...
hoje vivo um relacionamento que nos permite ser fiéis ao o que realmente somos, onde cada um tem a sua individualidade respeitada, com direito a segredos bilaterais, relacionamento com caráter provisório, transitório, para que o amanhã seja uma conquista, um encontro e não um reencontro, a conseqüencia natural de tudo isso é um amor simples mas desafiante, terno mas conciente.
Já fui ingênua em acreditar que poderia administrar todos os sentimentos, como se fosse possivel não fracassar, fraquejar ou surtar.
Mas atualmente já não me economizo mais...me gasto, me rasgo, grito, chóro e amo, até a exaustão.
Não canso de ser didática, perseguindo tanta pergunta e resposta...justificando um existir.
Finalizando esse desarranjo de verbos e sentimentos...
quero dizer e até aconselhar a importancia do convívio com nossos desalinhos, inconstâncias...
afinal os processos de viver são transitórios...

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